sexta-feira, 28 de maio de 2010

O acaso vai nos proteger




Queria tanto ter algo legal para escrever aqui, mas tenho não. Então, vou escrever aquilo que mais chamou a minha atenção no dia de hoje.
Bom, há algumas semanas atrás durante uma conversa com uma amiga (psicóloga), ela estava tentando conduzir-me aos caminhos mais coerentes de como interagir com/ e enfrentar os medos.
Ela explicou-me que todos devem saber perder. Perder é algo natural. Eu prontamente perguntei a ela: “E como eu faço isso?”. Ela começou a desenvolver a sua resposta, a partir da morte. Foi dissertando as etapas da superação da perda: “A morte, no primeiro momento, nos desestabiliza, nos deprime, nos faz visitar várias vezes o quarto da pessoa, abrir o guarda-roupa e pensar que amanhã ela não se sentará à mesa para o café, almoço ou janta. Em seguida vem a faze do luto, na qual você começa a se acostumar com a idéia de que não vai mais ver aquela pessoa. Nesse último momento, a dor da perda se transforma em saudade e a vida continua com um sentido diferente.“
Hoje, como de costume, teríamos mais um dos nossos encontros semanais agendados. Porém, uma voz desconhecida -pelo menos aquela voz chorosa eu não conhecia- do outro lado da linha, infirmava-me que hoje não nos veríamos.
“A voz triste do outro lado seria da pessoa que tanto tem me ajudado? Quem tem me ouvido e mostrado as maneiras mais sensatas de se agir diante da vida?” “Ah, sim, era a minha querida psicóloga tendo que ser forte para si mesma e saber administrar a dor da perda.” “E quem a confortaria? Será que alguém além dela mesma, a conduzirá com as melhores palavras?”

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